CHINA: UMA CULTURA EM EVOLUÇÃO

CURSOS DA UPP

CHINA: UMA CULTURA EM EVOLUÇÃO
Prof. Sara Ferreira da Silva
Segundas-feiras às 16H30

Apresentação:

Num momento em que a China se vai tornando cada vez mais visível aos olhos ocidentais, sem no entanto deixar de os confundir, este curso pretende oferecer uma orientação no sentido de combater a tentação do estereótipo fácil para dar a conhecer um país com uma história cultural plena de complexidade, em que não faltam os debates ideológicos internos nem o confronto, por vezes belicoso, com ideias adventícias.

O curso debruçar-se-á sobretudo sobre a evolução entre várias escolas do pensamento chinês (e respectivas práticas) ao longo de quatro milénios de história, relevando a sua interacção e influência mútuas e a sua relação com o contexto político, social e económico, a fim de evidenciar uma cultura muito menos uniforme e muito mais criativa e aberta do que é geralmente esperado.

Neste sentido, será evitado o enfoque excessivo e essencialista sobre figuras particulares (e.g. Confúcio, etc.), ou sobre dinastias estáveis e poderosas com grande produção cultural (e.g. Han, Tang), dando-se preferência aos momentos de crise e mudança de paradigma, em que é possível observar transformações radicais no modo de entender a realidade e o sujeito humano e na consequente forma de organizar a política e a sociedade chinesas.

Programa:

1. Transformações intelectuais no período dos Reinos Combatentes (ca. 475-221 ACE), Dinastia Qin (221-206 AEC) e Dinastia Han (206 ACE - 220 EC) – Origens do pensamento imperial chinês: o cultivo de si em Confúcio e em Laozi, o Mandato do Céu e o nascimento do sistema burocrático centralizado;
2. Transformações religiosas no período das Seis Dinastias (220-589) – Os Três Ensinamentos: Confucionismo, Taoismo e a “Conquista Budista da China” – novos rituais e escrituras e impacto na arte e na literatura;
3. Novas ortodoxias no período entre a Dinastia Song e a Dinastia Ming (960-1368) – O desenvolvimento do Neo-Confucionismo;
4. A China moderna (século XX) – Ciência, Mercado e Nação como novos valores da elite intelectual; expansão e sinificação do Protestantismo; destruição/resistência das organizações religiosas.

Objectivo geral:
Adquirir uma base geral de conhecimentos acerca da cultura chinesa e das suas raízes filosóficas, religiosas, políticas e socioeconómicas, no sentido de contribuir para uma melhor compreensão da história das mentalidades do país e da sua influência na sociedade chinesa actual.

Docente:
Sara Ferreira da Silva
Tradutora e docente de língua chinesa. Iniciou os estudos de chinês e cultura chinesa em Portugal em 1997 e viveu 7 anos na China Continental, Macau e Hong Kong, onde estudou e trabalhou no âmbito da língua e cultura chinesas, tendo obtido um diploma de mestrado em Estudos Chineses na Chinese University of Hong Kong.

“O que temos andado a fazer?” - Sobre a CONFERÊNCIA "A Economia da Felicidade como Solução"

A CONFERÊNCIA "A Economia da Felicidade como Solução" realizou-se no dia 07 de Outubro, em formato presencial e por videoconferência.
O conferencista Gabriel Leite Mota, doutorado em Economia da Felicidade, perante um audiência atenta na sala da UPP e à distância por forma mediática, discorreu sobre esta teoria que defende que a economia enquanto ciência social necessita dos contributos da filosofia e da psicologia para incorporação nos modelos económicos da noção de felicidade como meta, calibrando as políticas económica nessa direção, criticando o atual modelo económico que apresenta ao PIB como o principal indicador, assente no crescimento e na produtividade, induzindo a acumulação de bens sem limites, desperdício, esgotamento de recursos constituindo uma ameaça à sustentabilidade ambiental.
Gabriel Leite Mota sublinhou haver evidência científica de que a felicidade é um sentimento humano, igual entre todos os seres humanos, que pode ser medido e cujos determinantes bioquímicos são iguais. A única coisa que difere são as formas individuais, ou sociais, de atingir essa felicidade, que têm variações geográficas e temporais, apesar de encontrarmos muitos determinantes sociais comuns. Esta constatação facilita a ideia de sermos todos iguais, pertencentes ao mesmo sistema humano. E permite que avancemos com políticas globais de melhoria da felicidade dos povos.
De acordo com os estudos enunciados, a promoção da democracia, a diminuição da discriminação e o respeito pelas escolhas individuais, uma melhoria na distribuição do rendimento, o preservar e potenciar de relações pessoais de qualidade (capital relacional), o aumento do capital social (a confiança nos estranhos e nas instituições), o aumento da paz, a conciliação da vida profissional com a vida pessoal, a dignidade laboral (salarial, de funções e de respeito mútuo entre profissionais), a aposta na saúde mental e preventiva e a diminuição da pressão consumista (uma vez satisfeitas as necessidades básicas de alimentação, habitação, saúde e educação), são as vias certas para o aumento da felicidade. Quanto mais este caminho for trilhado, menos espaço há para o aparecimento dos frustrados violentos.
Os indicadores de felicidade deverão substituir os indicadores da economia tradicionais e novos indicadores de desenvolvimento devem surgir para que a economia contribua para promover a democracia, a liberdade e a participação social, aumente a esperança de vida, garanta a paz e a segurança, acabe com a pobreza, diminua as desigualdades sociais, diminua o desemprego, a solidão, o crime e a violência, pechas de um modelo que não tem a felicidade como objectivo último.
Defendendo, em suma, que as políticas económicas devem ser avaliadas pelo impacto na felicidade, sendo este o percurso que aumentará o conhecimento, rigor e utilidade da ciência económica.
Sublinhando ainda a fragilidade histórica, do conceito programático do PIB - produto interno bruto de Kruznets, Gabriel Leite Mota deixou a inquietação da métrica da economia da felicidade que, segundo o autor, deverá trazer para o discurso económico a eficiência na produção de vidas felizes.

Mais fotos em https://www.facebook.com/UniversidadePopulardoPorto/posts/35756710391798...

Tema:

Ficheiros: 

HISTÓRIA DA GUERRA COLONIAL

CURSOS DA UPP

HISTÓRIA DA GUERRA COLONIAL
Prof. Jorge Ribeiro
Terças-feiras às 16H30

Em finais dos Anos 50, o colonialismo português apodrecia de forma notória no contexto internacional. Em África, os povos que subjugamos durante séculos começaram a reagir de forma intensiva ao trabalho forçado. E, em pouco tempo, os eternos escravos já faziam greves. A reação em Lisboa foi partir para a guerra, rapidamente e em força. Para os portugueses foi o pior acontecimento político-militar do século 20. Para os africanos, a estratégia inimiga dos massacres abria a porta dos genocídios. Hoje, sessenta anos depois, quarenta e cinco dos quais em liberdade e democracia, os compêndios escolares não explicam nada sobre os milhares e milhares de mortos, dos dois lados, em três frentes de uma guerra inútil. Os livros sobre esta página da História tornaram-se «incómodos» para as prateleiras e montras das livrarias.
A Universidade Popular do Porto – UPP - regressa no corrente ano letivo a este tema tão importante da nossa biografia coletiva. O curso sobre HISTÓRIA DA GUERRA COLONIAL é apresentado pelo Professor Jorge Ribeiro, investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, autor de várias obras sobre a Guerra Colonial. É Antigo Combatente.

Mais informações na secretaria da UPP (226098641 upp.secretaria@gmail.com)

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(foto noticiasdaguerra.com)

Tema:

CONFERÊNCIA: "A Economia da Felicidade como Solução", com Gabriel Leite Mota

7 DE OUTUBRO, QUARTA-FEIRA, 18H00 - Conferência, em formato presencial e por videoconferência, sobre "A Economia da Felicidade como Solução", com o economista Gabriel Leite Mota

A economia da felicidade é o estudo quantitativo e teórico da felicidade e da evolução positiva ou negativa do bem-estar na qualidade de vida, da satisfação de vida e de conceitos relacionados, normalmente combinando a economia com outros campos como a psicologia e a sociologia

Gabriel Leite Mota é o primeiro e único economista português doutorado em Economia da Felicidade.

As inscrições devem ser efectuadas previamente por email para upp.secretaria@gmail.com e devem indicar a opção de participação presencial ou de participação por videoconferência.

As participações presenciais serão limitadas ao espaço e às condições de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias.

Todas as inscrições serão confirmadas pela UPP para o e-mail remetente.

Consulte o cartaz e INSCREVA-SE

Data: 
Quarta, Outubro 7, 2020 - 18:00

CURSOS LIVRES DA UPP - UMA OFERTA CULTURALMENTE RICA E VARIADA

O ano letivo 2020/21 arrancou com segurança na UPP.
Os cursos livres diurnos são muitos e de qualidade.
Pode assistir a quase todos os cursos na UPP ou em casa. As aulas são, regra geral, presenciais, com respeito pelas regras de segurança, mas a maioria dos cursos é também ministrada por videoconferência.
Consulte a relação de cursos e contacte a secretaria da UPP.

Pode ver os horários aqui

INSCREVA-SE

CORAL DA UPP RETOMA ENSAIOS

O Coral da UPP, dirigido por Pedro Guedes Marques, reiniciou os seus ensaios.

Respeitando as regras sanitárias determinadas pelas autoridades de saúde, os ensaios serão centralizados nas inslações da UPP com os devidos distanciamentos entre as pessoas, a utilização de máscaras, as desinfecções das mãos e dos espaços e todos os cuidados que a situação impõe.

Como uma das primeiras formas musicais geradas pelo ser humano, o canto é um instrumento libertador e exaltador da vida. Cantar é uma forma de conviver, interagindo com as vozes, os olhares e os gestos. Neste coral aprender-se-á cantando, sorrindo de uma forma natural, com a música e o ritmo como pano de fundo.

Horário de ensaios: Quartas-feiras: 18h00.

APAREÇA! AS INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS.

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
UPP - UNIVERSIDADE POPULAR DO PORTO
Rua da Boavista, 736 | 4050-105 Porto
Telf: 226098641 | 963874167
geral@upp.pt | www.upp.pt | WWW.facebok.com/universidadePopulardoPorto

SOBRE A VISITA DE ESTUDO “3 DIAS NO ALENTEJO” 2020

A Visita de Estudo ao Alentejo prevista para 24, 25 e 26 de Setembro ficou inserida num período condicionado pela pandemia presente no país. No espírito de responsabilidade que a situação exige, têm estado a ser avaliadas as condições que garantam a concretização com êxito da visita.
Desde o final de Julho estão esgotadas as inscrições neste evento, o que demonstra a confiança dos inscritos na possibilidade da sua concretização. Contudo, a um mês da visita, teve de ser feita uma reavaliação das condições em que esta se poderia realizar e, porque há compromissos financeiros a cumprir neste período, haveria que decidir sobre a sua realização.
Atendendo à relativa longa distância a percorrer com máscaras colocadas dentro de um autocarro, mesmo que com condições de salubridade e climatização, que teriam de estar sempre presentes nas diversas atividades associadas (entradas em Museus e outras instalações a visitar, Passeio de Barco no Alqueva, Restaurantes, etc.).
Acresce que ao longo de três dias, em grande parte do tempo, o uso de máscara teria de estar aliado à manutenção de medidas de distanciamento social, o que constituiria fator constrangedor do conforto, satisfação e partilha, que caracterizam as nossas Visitas de Estudo.
A Direção da UPP, ouvido o Grupo de Trabalho das Visitas de Estudo, decidiu cancelar a visita programada apontando como alternativa, caso se confirme a existência de condições para tal, uma Visita a planear para aquele mesmo fim-de-semana de somente UM DIA, com um tempo de transporte relativamente curto, que em breve poderá ser divulgada.
Quanto às verbas já pagas a título de inscrição para a Visita cancelada várias alternativas são possíveis:
1. Manutenção das verbas pagas como crédito para Inscrição em futuras visitas, com prioridade de inscrição.
2. Manter as verbas pagas (no todo ou em parte) como créditos para pagamentos de outras atividades, designadamente mensalidades de Cursos que frequente ou venha a frequentar no próximo ano letivo.
3. Reembolso das verbas pagas. Nesta situação, por necessidade fiscal, deverá ser indicado o IBAN/NIB para onde deve ser efetuada a respetiva transferência bancária.
Neste momento difícil, contamos com TODOS no esforço comum para garantir a sustentabilidade da atividade da UPP, nomeadamente dos Cursos do novo ano letivo 2020/2021.
Esperamos a melhor compreensão e apresentamos as nossas saudações acompanhadas do desejo de muito brevemente podermos reencontrar-nos.

Porto, 31 de Agosto de 2020
A Direção da UPP - UNIVERSIDADE POPULAR DO PORTO

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