Visita de Estudo
Na Rota do Património
do Vale do Douro ao Vale Encantado

Universidade Popular do Porto (UPP)

26 e 27 de Março de 2010

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De Lamego a Tarouca, cirandando pelo de Lamego a Tarouca, cirandando pelo património artístico e cultural, património artístico e cultural, pela beleza natural e pelos pela beleza natural e pelos sabores e aromas sabores e aromas.


Conteúdo

Data

26 e 27 de Março de 2010

Roteiro

Sexta-feira, 26 de Março
07h.30  
Partida da UPP em direcção a Lamego
Pausa para Café
Visitas: Sé Catedral e zona envolvente
 
13h.00  
Almoço Convívio
Visitas: Santuário dos Remédios, Capela de S. Pedro de Balsemão e Castelo
 
18h.30  
Instalação no Hotel Lamego****
 
20h.00  
Jantar Convívio
Resto de noite livre
 
Sábado, 27 de Março
09h.00  
Partida do Hotel para Tarouca
Visitas: Salzedas (Mosteiro e Judiaria) e Ucanha (Ponte Românica e Torre)
 
13h.00  
Almoço Convívio
Visitas a S. João de Tarouca e Dalvares
Museu da Murganheira
 

Preço

Incluido: Transporte em Autocarro, Alojamento no Hotel Lamego **** (quarto duplo c/PA), Refeições, Almoço, Visitas e Seguro de APGrupo

Com + de 40 participantes:
140,00 euros
Com 40 participantes:
155,00 euros
Suplemento para quarto individual:
20,00 euros

Inscrições e mais informações

Inscrições até 10 de Março Na sede da UPP, na Rua de Augusto Luso, 167 - 1o, 4050-073 PORTO. Telefone: 226098641 Fax: 226004335 URL: www.upp.pt Email: upporto@mail.telepac.pt

Programa

LAMEGO

Importante e incontornável centro histórico e cultural do Douro A Região Demarcada do Douro abrange uma área compreendida por vários municípios, incluindo o Concelho de Lamego. Cidade nobre possuidora de casas solarengas, de igrejas e capelas de valor singular de um imponente castelo, onde a arquitectura dos monumentos e as ruas seculares contam histórias dignas de um povo batalhador.

Lamego assumiu na história um lugar privilegiado pela sua antiguidade, património artístico e beleza natural. Classificada por muitos como a cidade - luz, onde os sumptuosos jardins, as avenidas e colinas circundantes convidam ao lazer propiciando um contacto distinto com a natureza, o artesanato e a gastronomia local. Aqui, onde o sabor e a tradição constituem um motivo de orgulho e um símbolo de conquista e memórias que a dinâmica do tempo tem permitido deliciar e vivenciar num reencontro de culturas.

Ao longo dos séculos, mestres canteiros, ferreiros, pintores, escultores, entalhadores, marceneiros, ourives e tecelões deixaram nesta cidade ? para êxtase dos seus visitantes e orgulho dos lamecenses ? autênticos tesouros artísticos. A viagem pelo passado permite redescobrir uma cidade riquíssima, onde cada lugar aos olhos de quem a visita testemunha a sua longa História.

Sé Catedral (Monumento Nacional)

53 Construção românica, até à altura dos sinos (séc. XII-XIII. A parte cimeira é já obra do séc. XVI. A Torre serviu de cadeia por muito tempo. O corpo principal está dividido em três naves, avultando nas abóbadas as coloridas pinturas de Nicolau Nasoni, executadas entre 1737 e 1738. Referência ainda para a Capela-mor, ampla e grandiosa; a Capela do SS. mo Sacramento, com três magníficos altares de talha dourada e um riquíssimo frontal em prata cinzelada de fabrico portuense do séc. XVIII. Depois, merece admiração o Coro-Alto e Claustro.

Museu de Lamego

O Museu de Lamego está instalado num dos mais esplendorosos palácios brasonados de Lamego, antigo Paço Episcopal, remodelado no século XVIII. A colecção do Museu, de assinalável valor histórico-cultural, caracteriza-se pelo seu ecletismo. Cronologicamente, a colecção abrange o período que vai desde a presença romana até aos nossos dias, com realce para o período da renascença. Merecem especial referência ? assumindo-se como ex-libris do Museu ? as cinco tábuas quinhentistas de Vasco Fernandes (Grão Vasco) e um conjunto de tapeçarias flamengas, de fabrico de Bruxelas, do século XVI, que constituem o núcleo mais importante dos panos de armar dos museus.

Santuário (Séc. XVIII), Escadório e Parque dos Remédios

56 O edifício do Santuário é uma construção em estilo barroco,, deslumbrando pela elegância do estilo, imposta pela criatividade do autor do projecto que se acredita ter sido Nicolau Nasoni. No interior do templo, podem admirar-se belos painéis de azulejos, bem como interessantes vitrais. O frontispício do Santuário é a parte mais admirável de todo o edifício. No adro da igreja, do lado sul, existe uma harmoniosa fonte, com desenho de Nicolau Nasoni, As duas torres iniciaram-se muito mais tarde (1880-1905) e a escadaria iniciou-se em 1777 mas as obras só vieram a terminar no século XX.

O quadro mais grandioso da escadaria é sem dúvida o denominado ?Pátio dos Reis? ? obra arquitectónica admirável, formada pela Fonte dos Gigantes, no centro da qual se eleva um esplêndido obelisco, com cerca de 15 metros de altura.

Templo de S. Pedro de Balsemão (Monumento Nacional)

58 O templo é o mais antigo de todos os monumentos de Lamego e, talvez, o segundo da Península Ibérica. A sua origem suévico-visigótica remonta ao séc. VII. No séc. XVII, a capela foi reedificada, sendo desta época a excelente talha que a reveste interiormente. De raro valor histórico e arqueológico, o templo, com três naves, conserva grande parte da sua traça original e a grandiosidade do seu interior preserva o ambiente misterioso de épocas distantes. Integra as ?Rotas Medievais do Vale do Douro?, em conjunto com outros exemplares do valioso património religioso construído no concelho de Lamego.

Castelo de Lamego (Monumento Nacional)

60 Sobre a antiguidade do Castelo de Lamego, quase todos os autores consultados referem que o castelo "é obra de mouros" e anterior à fundação da nacionalidade. Do primitivo, apenas subsistem a torre de menagem (séc. XII), parte da velha muralha e a cisterna (séc. XIII). O acesso ao velho burgo faz-se através de dois pórticos abertos na muralha. Quem entra pelo lado norte passa pelo arco chamado ?Porta dos Figos ou dos Fogos?, também já chamada ?Porta da Vila ou do Aguião?, enquanto a porta no lado oposto se denomina "Porta do Sol". Junto a esta última encontramos uma interessante casa brasonada que pertenceu à Ordem de Cister e mais tarde veio a ser casa da roda. No lado norte ainda existe a Casa da Torre. A meio da Rua do Castelo podemos ver a capela da Senhora do Socorro, em cuja parede exterior se encontra um interessante painel de azulejos com a inscrição ?N. S. do Coro 1671?. Perto desta existia outra capela de invocação a S. Salvador, onde teria sido a primitiva Sé.

TAROUCA: Lugar mágico num vale encantado

A história da cidade de Tarouca, como, aliás, de todo o Concelho, não deixa dúvidas quanto à sua importância no contexto regional e mesmo nacional. O início da nacionalidade está intimamente ligado a Tarouca, quer pelo nosso primeiro rei, cuja figura está associada à construção do Mosteiro de S. João de Tarouca, quer ainda por Egas Moniz que foi Senhor da Honra de Dalvares e cuja esposa, Dona Teresa Afonso, mandou erigir o Convento de Santa Maria de Salzedas. Paio Cortês, monteiro-mor de D. Afonso Henriques, foi Senhor da Honra de Gouviães.

Tarouca, além produção de vinhos de mesa e espumantes naturais, é o Concelho do país com maior produção de baga de sabugueiro. Inicialmente plantada para servir de vedação às propriedades, o sabugueiro tornou-se a principal fonte de receita para muitos agricultores, pois a sua baga tem inúmeras aplicações, desde a indústria farmacêutica à tinturaria, passando pela medicina tradicional e doçaria. Também é, responsável pelo escoamento e rentabilização de grande parte da produção vinícola da região.

Município a que tão justamente chamam o Eco Museu da Beira escondido numa zona que, muita gente nem imagina onde fica, mantém tesouros valiosos do nosso património. Terra de Mosteiros Cistercienses, antigas Abadias e raras Pontes. É terra de vinhas, de vinhos, aguardentes e espumantes divinais. É tradição, arte, cultura e saber.

Salzedas: Aldeia Vinhateira

O nome Salzedas provém do latim Saliceta que significa salgueiral, vegetação muito abundante nas margens do rio Varosa, que por ali corre. É de povoamento muito antigo. Por aqui passaram Lusitanos e Romanos, Suevos e Visigodos e, mais tarde, Muçulmanos. A génese da sua história remonta ao lugar a que hoje se dá o nome de Abadia Velha e a sua povoação cresceu em torno do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas.

Mosteiro (Monumento Nacional)

64 O grande ex-libris é o Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Salzedas mandado erigir por D. Teresa Afonso, mulher de Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques. De estrutura românica, completamente remodelado no século XVIII e a sua igreja sagrada no século XIII, representa um dos mais ricos e emblemáticos mosteiros de Portugal.

Quelho ou Judiaria

66 Salzedas caracteriza-se, também, pelas reminiscências do que outrora poderia ter sido uma Judiaria. No interior de um conjunto arquitectónico urbano mais vasto, descobriram-se ruínas com inscrições e elementos de simbologia judaica que poderão atestar e testemunhar a presença de Judeus nesta Aldeia em tempos remotos. Este conjunto desenvolve-se a partir de curiosos arruamentos, de traçado muito irregular, que são moldados pelas construções que o compõem e permitem a passagem de uns para os outros, através de invulgares passadiços, integrados nas arquitecturas.

Ucanha, Vila Medieval

68 A Vila de Ucanha preserva casas desde o período medieval. desenvolve-se sob a encosta, que desce até ao rio Varosa e caracteriza-se por se concentrar numa só rua, a Rua Direita ou Rua Principal. Somos surpreendidos pela expressividade das varandas, em madeira. O esforço da subida é compensado pela alegria, a cor e a originalidade da formação deste conjunto que, com o rio bem lá no fundo, remata a última pincelada de um quadro perfeito.

Torre e Ponte fortificada de Ucanha (Monumento Nacional)

70 A existência da Ponte de Ucanha já vem documentada no século XII Esta ponte sobre o Rio Varosa é um exemplar único deste tipo de arquitectura que conserva integralmente a torre de tripla função: a de defesa, à entrada do couto monástico de Salzedas; a de ostentação senhorial, bem patente na alta torre; e a da cobrança de portagem e armazenamento de produtos. No último andar pode avistar-se toda a aldeia e boa parte do curso do Varosa.

Convento e Igreja de S. João de Tarouca (Monumento Nacional)

72 Localizado numa região de transição entre as Beiras e o Douro, na encosta da Serra de Leomil, ergue-se num grande vale, ao fundo do qual corre o rio Varosa. Inicialmente foi um ermitério mas, em 1152, após a vitória de D. Afonso Henriques sobre os mouros em Trancoso, foi lançada a primeira pedra da igreja conventual cisterciense. O dormitório novo e torre sineira foram construídos no século XVI. A última fase das obras de ampliação do mosteiro decorreu no século XIX. Em 1938 seriam restaurados os retábulos, nomeadamente o de São Pedro, atribuído a Grão Vasco.

Casa do Paço de Dalvares

74 Edifício senhorial da época medieval, que pertenceu a Egas Moniz, a Casa do Paço de Dalvares foi uma Honra criada no início da Monarquia. O edifício foi recuperado pelo Município de Tarouca e afectado a uso municipal, onde têm sede a Confraria do Espumante; o Museu do Espumante da Murganheira; a CV Reg Tavora-Varosa; e a Rota das Vinhas de Cister. Também funciona no edifício um Espaço Internet à disposição dos munícipes.

Museu do Espumante da Murganheira

Uma vez que está situada no Vale do Varosa, primeira região demarcada de espumantes de Portugal, e tradicionalmente enraizada no processo de produção de espumante, na Casa do Paço de Dalvares é possível visitar o Museu do Espumante, cujo espólio espelha todo o processo artesanal do seu fabrico, desde a vindima até ao produto final, o espumante Murganheira, que vamos provar no final da visita

Organização

Gruo de Trabalho de Visitas de Estudo da Universidade Popular do Porto (Folheto em PDF)
Universidade Popular do Porto 2010-02-14